Operações estruturadas


Descrição da imagem





Definição

Operações estruturadas são como receitas de bolo financeiras onde diferentes ingredientes são combinados para criar algo especial. Essas "receitas" são feitas sob medida para atender às necessidades específicas de grandes empresas e instituições financeiras, como um traje feito sob medida para uma ocasião especial.

Imagine que cada empresa é como uma pessoa única, com gostos, preferências e necessidades diferentes. As operações estruturadas são como chefs habilidosos que criam pratos personalizados para satisfazer cada paladar. Eles fazem isso misturando uma variedade de ingredientes financeiros, como contratos de compra e venda, empréstimos, e até mesmo transações no mercado de ações.

Esses ingredientes financeiros podem incluir coisas como contratos para comprar ou vender ativos a um preço específico (conhecidos como "opções"), acordos para trocar pagamentos com outras empresas (chamados de "swaps"), ou até mesmo pacotes de dívidas (como hipotecas) combinados em um único investimento (como um bolo de camadas).


Exemplos

Existem diversas estratégias para fazer operações estruturadas. Segue abaixo um resumo das mais conhecidas:

  • Trava de Alta

  • Uma trava de alta é uma estratégia de opções na qual um investidor compra uma opção de compra com um preço de exercício mais baixo e, simultaneamente, vende uma opção de compra com um preço de exercício mais alto, ambos com a mesma data de vencimento. Esta estratégia é usada quando o investidor espera que o preço do ativo subjacente suba moderadamente, mas não acima do preço de exercício da opção vendida.

  • Trava de Baixa

  • Uma trava de baixa é o oposto de uma trava de alta. Nesta estratégia, o investidor compra uma opção de venda com um preço de exercício mais alto e vende uma opção de venda com um preço de exercício mais baixo, ambos com a mesma data de vencimento. Esta estratégia é usada quando o investidor espera que o preço do ativo subjacente caia moderadamente, mas não abaixo do preço de exercício da opção vendida.

  • Borboleta

  • Uma estratégia de borboleta envolve a compra de uma opção de compra e uma opção de venda com o mesmo preço de exercício, e simultaneamente a venda de duas opções com preços de exercício mais altos e mais baixos. O objetivo é lucrar com a volatilidade limitada do preço do ativo subjacente. Se o preço permanecer próximo ao preço de exercício das opções compradas, o investidor pode lucrar.

  • Lançamento Coberto de Opções (financiamento)

  • O lançamento coberto de opções, também conhecido como estratégia de financiamento, é uma estratégia de negociação de opções que pode ser usada por investidores que já possuem um ativo subjacente, como ações.

    Na prática, o investidor vende uma opção de compra (se ele já possui o ativo subjacente) ou uma opção de venda (se ele estiver disposto a comprar o ativo subjacente) enquanto mantém a posição no ativo subjacente. Essa venda é "coberta" porque o investidor já possui o ativo subjacente, o que significa que ele tem os recursos para atender à obrigação da opção, se necessário.

    Agora, por que alguém faria isso? O objetivo principal é gerar renda com a venda das opções. Quando o investidor vende uma opção, ele recebe um prêmio, que é o preço da opção. Esse prêmio é embolsado imediatamente e representa o lucro potencial da estratégia.

    Mas por que alguém compraria essa opção do investidor? Bem, os compradores de opções estão dispostos a pagar um prêmio porque têm a oportunidade de lucrar se o preço do ativo subjacente se mover na direção favorável para eles. No caso de um lançamento coberto de chamadas, o comprador da opção de compra espera que o preço do ativo subjacente suba, enquanto no caso de um lançamento coberto de puts, o comprador espera que o preço caia.

    Essa estratégia é frequentemente usada por investidores que têm uma visão neutra ou levemente otimista sobre o preço do ativo subjacente. Eles estão confortáveis em manter o ativo subjacente em sua carteira, mas também estão dispostos a aproveitar a oportunidade de gerar renda extra com a venda de opções.

  • Rolagem

  • A rolagem de opções é uma estratégia na qual um investidor fecha uma posição existente em uma opção e, ao mesmo tempo, abre uma nova posição em uma opção com uma data de vencimento posterior. Em outras palavras, é como renovar ou estender a vida útil de uma posição em opções.

    Como funciona?

    Imagine que um investidor possui uma opção de compra (ou opção de venda) que está prestes a expirar. Ele pode decidir rolar essa opção, o que significa fechar a posição atual e abrir uma nova posição com uma data de vencimento mais distante. Isso é feito vendendo a opção atual e, em seguida, comprando uma opção similar com uma data de vencimento posterior.

    Estender a vida útil da posição: Se um investidor ainda tem convicção em sua estratégia, mas a opção está prestes a expirar, rolar a posição permite que ele mantenha a exposição ao mercado por mais tempo.

    Ajustar a estratégia: À medida que as condições do mercado mudam, um investidor pode decidir ajustar sua estratégia. Rolar as opções oferece a oportunidade de fazer esses ajustes, como alterar o preço de exercício ou a direção da aposta.

    Evitar a liquidação: Se um investidor não deseja exercer a opção ou ser exercido, rolar a posição pode evitar a liquidação e fornecer uma maneira de manter a exposição ao mercado.

    Capturar mais prêmio: Em algumas situações, rolar a posição pode permitir que o investidor capture mais prêmio (o preço da opção), gerando assim mais renda.


    Aplicações e benefícios


    No mercado financeiro, a utilização de operações estruturadas desempenha um papel fundamental na implementação de estratégias de investimento, gestão de riscos e criação de produtos financeiros complexos.

    Essas operações oferecem uma maneira estruturada de lidar com uma variedade de situações financeiras, desde a alocação de ativos até a execução de estratégias de hedging. Por exemplo, os traders podem utilizar operações estruturadas para construir portfólios diversificados que atendam a determinados objetivos de risco e retorno.

    Um exemplo comum de operação estruturada no mercado financeiro é o uso de derivativos, como opções e futuros, para criar estratégias de proteção contra flutuações de preços. Essas estratégias podem ser usadas para proteger investimentos existentes ou para especular sobre movimentos de mercado futuros.

    Além disso, as operações estruturadas são frequentemente empregadas na criação de produtos financeiros estruturados, que são produtos de investimento que combinam elementos de diferentes classes de ativos. Esses produtos podem ser personalizados para atender às necessidades específicas dos investidores, oferecendo exposição a mercados e estratégias que podem não estar disponíveis através de investimentos tradicionais.

    No contexto da gestão de riscos, as operações estruturadas desempenham um papel importante na identificação, avaliação e mitigação de diversos tipos de riscos financeiros, incluindo riscos de mercado, crédito e liquidez. Os instrumentos derivativos e outras técnicas financeiras podem ser utilizados para criar estratégias de gestão de riscos adaptadas às necessidades individuais das instituições financeiras e dos investidores.


    Riscos e regulações

    Operações estruturadas no mercado financeiro apresentam uma série de riscos e estão sujeitas a regulamentações específicas para garantir a integridade e estabilidade do sistema financeiro. Vamos explorar esses aspectos em detalhes.

    Em primeiro lugar, é importante compreender que operações estruturadas muitas vezes envolvem a combinação de diferentes instrumentos financeiros e estratégias complexas. Essa complexidade pode aumentar a exposição a uma variedade de riscos, incluindo riscos de mercado, crédito, liquidez e operacionais.

    Os riscos de mercado são inerentes às flutuações nos preços dos ativos subjacentes envolvidos nas operações estruturadas. Por exemplo, se uma operação estruturada incluir opções sobre ações, estará sujeita às variações nos preços das ações. Esses riscos podem ser exacerbados por alavancagem, onde pequenas mudanças nos preços dos ativos podem resultar em grandes perdas ou ganhos.

    Os riscos de crédito surgem quando uma das partes envolvidas em uma operação estruturada não cumpre suas obrigações financeiras. Isso pode ocorrer, por exemplo, se uma contraparte em uma transação de derivativos não puder honrar seus compromissos. Para mitigar esse risco, as instituições financeiras frequentemente realizam avaliações de crédito e exigem garantias ou colaterais adequados.

    A liquidez é outro aspecto importante a considerar. Alguns instrumentos financeiros utilizados em operações estruturadas podem ter mercados menos líquidos, o que pode dificultar a compra ou venda desses ativos a preços justos. Isso pode levar a problemas de execução e afetar a capacidade de gerenciar o risco ou encerrar posições.

    Além dos riscos financeiros, as operações estruturadas também estão sujeitas a riscos operacionais, como erros de processamento, falhas de sistemas ou fraudes. A complexidade dessas operações pode aumentar a probabilidade de ocorrência de tais eventos, destacando a importância de sistemas robustos de controle e conformidade.

    Em termos de regulamentação, as autoridades financeiras em muitas jurisdições impõem uma série de regras e requisitos para mitigar os riscos associados às operações estruturadas. Isso pode incluir requisitos de divulgação para garantir que os investidores entendam os riscos envolvidos, limites de alavancagem para controlar o uso excessivo de capital e requisitos de capital para garantir que as instituições financeiras tenham reservas adequadas para cobrir perdas potenciais.

    Relacionados

    journal
    author

    Por Lucas Quiles

    Quem são, e quanto ganham os CEOs mais bem pagos do Brasil?

    journal
    author

    Por Lucas Quiles

    O mapa do Tesouro

    MACAW INVEST

    Fale com a gente

    Telefone

    +55 11 2391-8774

    E-mail

    atendimento@macawinvest.com.br