Finanças comportamentais


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Viés da confirmação

O viés da confirmação é um fenômeno psicológico poderoso que influencia significativamente nossas decisões financeiras. Ele descreve a tendência das pessoas em buscar e interpretar informações de maneira a confirmar suas crenças preexistentes, enquanto ignoram ou desvalorizam evidências que as contradizem. No contexto das finanças, o viés da confirmação pode se manifestar de várias maneiras. Por exemplo, um investidor que está convencido de que uma determinada ação é uma escolha sólida pode buscar ativamente notícias e análises que sustentem essa visão, enquanto descarta ou minimiza informações que indicam riscos potenciais. Isso pode levar a uma análise seletiva e, consequentemente, a decisões de investimento enviesadas. Além disso, o viés da confirmação pode reforçar comportamentos arraigados, como a relutância em diversificar o portfólio. Um investidor que tem uma forte convicção em relação a um setor específico pode concentrar seus investimentos nessa área, ignorando a importância da diversificação para mitigar o risco.


Aversão à perda

A aversão à perda é um fenômeno psicológico que descreve a tendência das pessoas em valorizar mais a evitar perdas do que adquirir ganhos equivalentes. Esse viés tem profundas implicações nas decisões financeiras, influenciando a maneira como os investidores avaliam e reagem aos riscos.

No contexto das finanças, a aversão à perda pode levar os investidores a adotar uma postura conservadora em relação aos seus investimentos. Eles tendem a se concentrar mais nas possíveis perdas do que nos ganhos potenciais, o que pode resultar em decisões de investimento excessivamente cautelosas.

Um exemplo clássico desse viés é o chamado "efeito do fim do mês". Investidores que estão prestes a fechar o mês com perdas tendem a assumir riscos adicionais para evitar essas perdas, muitas vezes realizando investimentos arriscados na esperança de recuperar o dinheiro perdido. Essa busca desesperada para evitar perdas pode levar a decisões impulsivas e prejudiciais.


Efeito manada


O efeito manada é um fenômeno comportamental que descreve a tendência das pessoas de seguir o comportamento de um grupo, em vez de fazer escolhas independentes. No contexto das finanças, esse viés psicológico pode ter consequências significativas, influenciando a dinâmica dos mercados e as decisões de investimento.

Um dos exemplos mais marcantes do efeito manada nos mercados financeiros é observado durante os períodos de bolhas especulativas. Quando um ativo ou classe de ativos começa a apresentar um desempenho excepcionalmente bom, um número crescente de investidores é atraído para o mercado, impulsionando ainda mais os preços para cima. Essa mentalidade de "comprar porque todos estão comprando" pode levar a uma sobrevalorização irracional dos ativos, alimentando uma bolha que eventualmente entra em colapso.

Da mesma forma, o efeito manada pode contribuir para o pânico durante os períodos de turbulência do mercado. Quando os investidores veem outros vendendo seus ativos rapidamente, eles podem sentir a pressão para fazer o mesmo, temendo perder ainda mais dinheiro. Esse comportamento de rebanho pode exacerbar os movimentos de baixa do mercado, levando a vendas em massa e uma espiral descendente de preços.


Overconfidence

O excesso de confiança, é um viés cognitivo que descreve a tendência das pessoas em superestimar suas habilidades, conhecimentos ou previsões. No contexto das finanças, esse fenômeno pode ter consequências significativas, afetando as decisões de investimento e a gestão de riscos.

Um dos principais impactos da overconfidence é a tomada de decisões de investimento arriscadas e subótimas. Investidores excessivamente confiantes podem subestimar os riscos associados a certos ativos ou estratégias, levando a uma alocação de recursos imprudente e a perdas financeiras substanciais. Eles podem se convencer de que têm uma vantagem sobre o mercado ou que são capazes de prever com precisão os movimentos futuros dos preços, ignorando sinais de alerta e evidências contrárias.

Além disso, a overconfidence pode levar os investidores a negociar com uma frequência excessiva, na crença equivocada de que suas habilidades de timing de mercado são superiores. Isso pode resultar em custos de transação mais altos e em uma erosão do retorno do investimento ao longo do tempo. Investidores excessivamente confiantes também podem ser mais propensos a ignorar a diversificação de portfólio, concentrando seus investimentos em poucos ativos ou setores nos quais eles acreditam ter um conhecimento especializado.

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